quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Juízes portugueses negam ter regalias e regime de aposentação privilegiado

Juízes portugueses negam ter regalias e regime de aposentação privilegiado
O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) negou esta quarta-feira que os magistrados tenham regalias e regime de aposentação privilegiado e refutou dados do relatório encomendado pelo Governo ao FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre a despesa do Estado.
20:45 - 09 de Janeiro de 2013 | Por Lusa
"Os juízes têm um regime de jubilação que estabelece e garante os direitos e deveres que têm durante toda a vida. Não é um privilégio dos juízes, é uma garantia de independência durante toda a vida", referiu à agência Lusa o presidente da ASJP, Mouraz Lopes.
O juiz conselheiro notou que "o relatório parte de alguns pressupostos que são notoriamente errados" e exemplifica com "o ponto em que se refere que os juízes descontam ao longo da vida o mesmo que os militares".
"O regime dos juízes não é igual ao dos militares", esclareceu, concluindo que "está errado", pelo que, sublinhou, "a partir daí, é construído um conjunto de recomendações com as quais não se pode concordar.
Sustentando que "um relatório desta natureza precisava do máximo de rigor", Mouraz Lopes afirmou também que não se pode "comparar os juízes aos militares e aos diplomatas".
O presidente da ASJP criticou ainda que "é falsa" a referência de que os juízes descontam mais de um ano por cada ano de serviço.
O FMI sugere no relatório divulgado hoje mudanças no sistema de pensões, como cortes transversais entre 10 e 15% e o aumento da idade da reforma para os 66 anos.

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