quarta-feira, 26 de junho de 2013

Provedor avisa que paciência tem limites

AUDIÇÃO
A PACIÊNCIA tem limites. O aviso é do provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, ao dizer ontem aos deputados que não tem “paciência ilimitada”, como o seu antecessor, Nascimento Rodrigues, que teve de esperar mais de um ano até ser substituído. Alfredo José de Sousa foi ouvido no Parlamento, pela última vez como provedor, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, para apresentar o mais recente relatório de atividades, relativo a 2012.
A mensagem foi deixada quando o provedor, defendendo que a Assembleia da República deveria ter contribuído para esclarecer a lei de limitação de mandatos dos autarcas, sustentou que bastaria chegar a acordo, por via de negociação entre os deputados.
“Os senhores também vão arranjar dois terços para me substituir”, disse, para logo de seguida afirmar, citado pela Lusa: “Não tenho paciência ilimitada. Pelo menos não tenho na medida do meu antecessor”.
Alfredo José de Sousa, cujo mandato termina no próximo dia 15, sublinhou que deixa o cargo com a perceção de ter efetuado um trabalho com visibilidade. E aproveitou para defender que o provedor pode ter posições políticas, mas não partidárias, respondendo, assim, ao deputado social-democrata Hugo Velosa, que defendeu que o provedor de Justiça não deve fazer política.
ALFREDO JOSÉ DE SOUSA DIZ QUE O PROVEDOR PODE TER POSIÇÕES POLÍTICAS, MAS NÃO PARTIDÁRIAS
Jornal Notícias | Quarta, 26 Junho 2013

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