Ministério Público recorre da absolvição dos arguidos de Elvas
O
Ministério Público vai recorrer para o Tribunal da Relação de Lisboa da decisão
do colectivo de juízes da 8ª Vara Criminal de Lisboa que absolveu os quarto
arguidos do processo Casa Pia, Carlos cruz, Hugo Marçal, Carlos Silvino e
Gertrudes Nunes, relativo aos crimes sexuais na Casa de Elvas.
No passado dia 25 de Março, o
colectivo de juízes da 8.ª Vara Criminal de Lisboa, presidido pela juíza Ana
Peres, considerou que “não foram provados (…) os factos” da acusação e decidiu
absolver os quatros arguidos do processo da Casa de Elvas, Carlos Cruz, Carlos
Silvino, Hugo Marçal e Gertrudes Nunes.
Contudo,
esta quinta-feira, o Ministério Público anunciou que vai recorrer para o
Tribunal da Relação de Lisboa da decisão, avança a SIC Notícias.
Recorde-se
que, o Tribunal da Relação de Lisboa determinou a repetição parcial do
julgamento deste caso, relacionado com crimes sexuais alegadamente cometidos
contra alunos da Casa Pia numa casa em Elvas.
O
médico Ferreira Diniz, que apresentou recurso com a fundamentação da prescrição
dos crimes, foi condenado a sete anos de prisão e já cumpriu 16 meses de prisão
preventiva.
Carlos Cruz foi condenado a sete
anos de prisão efectiva (cumpriu 16 meses de preventiva), o ex-embaixador Jorge
Ritto a seis anos e oito meses de prisão (cumpriu 13 meses) e o ex-provedor da
Casa Pia Manuel Abrantes cinco anos e nove meses de prisão (cumpriu um ano).
O
advogado Hugo Marçal foi condenado a seis anos e meio de prisão e esteve cinco
meses em prisão preventiva, enquanto Carlos Silvino, antigo motorista da Casa
Pia, cumpre 15 anos de prisão (esteve três anos e meio em prisão preventiva, o
período máximo previsto na lei).
Todos
os arguidos encontram-se a cumprir pena no Estabelecimento Prisional da
Carregueira, em Sintra. Já Gertrudes Nunes, proprietária da casa de Elvas, foi
absolvida no processo Casa Pia.
[Notícia
actualizada às 17h25]